No último dia 15 o mundo parou para assistir as imagens da Catedral de Notre-Dame em chamas. Um incêndio violento causou danos significativos no teto desta que era uma das mais visitadas e antigas catedrais góticas do mundo. Um prejuízo monumental num dos maiores patrimônios da humanidade. A catedral francesa era vista, não só, como um ícone da fé romanista, mas, sobretudo, da civilização ocidental.

Solidário a perda arquitetônica e cultural envolvida, lembrei-me das palavras de Jesus aos discípulos, líderes religiosos e cambistas do templo. Aos primeiros, o Senhor asseverou que não ficaria pedra sobre pedra do santuário construído por Herodes. De fato, no ano 70 d.C. Tito destruiria Jerusalém. Aos outros, o Mestre disse que o templo de Jerusalém seria destruído e Ele o levantaria em três dias. Era sobre Sua morte e ressurreição que Jesus falava, referindo-se ao seu próprio corpo (Jo 2.19).

Foi lamentável o incidente da última segunda-feira, mas qualquer edificação está sujeita a tais acontecimentos. Peritos são capazes de erigir edificações incríveis, provendo beleza e inspiração à humanidade. Mas as obras de engenharia estarão sempre sujeitas ao desgaste e ao imponderável por mais zelo que se tenha.

Infinitamente superior a qualquer engenhosidade humana, superando o tempo, a fragilidade e a corrupção, a Obra de Jesus no Calvário se ergueu para ecoar perfeita por toda a eternidade. Jesus morreu na cruz pelos nossos pecados e ressurgiu em corpo para todo o sempre para a nossa redenção definitiva, tornando-se o centro da História e da Criação. Em Cristo não há fim de dias, risco de mudança ou frustração. Ele é a própria vida que se levantou para trazer esperança, significado e imortalidade aos homens.

A Catedral está nova e é digna do nosso culto. Jesus ressuscitou. Feliz Páscoa!