O treinamento de resposta a crises aumentará sua habilidade de reconhecer e responder aos sintomas psicológicos que podem surgir de incidentes traumáticos ou estresse prolongado.

No entanto, este treinamento não irá capacitá-lo para fazer diagnósticos profissionais ou fornecer tratamento psicológico. Porém, se você tiver motivos para acreditar que uma pessoa está apresentando sintomas emocionais, cognitivos ou interpessoais que vão além das reações normais do estresse ou de um trauma, sempre consulte um conselheiro clínico sobre suas preocupações e faça um encaminhamento médico, se ele achar necessário.

Quando encaminhar para um terapeuta:

  • URGENTE – Qualquer pensamento suicida
  • URGENTE – Qualquer pensamento de machucar outras pessoas
  • URGENTE – Indicação de que crianças estão sendo negligenciadas
  • URGENTE – Sintomas que interferem significativamente na capacidade de viver, trabalhar, cuidar de si e da família, ou manter relacionamentos com outras pessoas
  • Sintomas que vão além das reações comuns ao trauma
  • Insônia que não melhora com métodos comportamentais
  • Automutilação
  • Vícios ou outros comportamentos autodestrutivos (por exemplo, álcool, pornografia, drogas)
  • Transtornos alimentares
  • Possíveis diagnósticos de depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, bipolaridade ou psicose
  • Trauma com alto risco de TEPT por agressão sexual, assassinato ou suicídio de um ente querido, agressão em que a vida foi seriamente ameaçada, trauma que envolve impacto significativo nas crianças

Quando encaminhar para uma avaliação médica:

  • Comprometimento grave de funcionamento (trabalho, família, social)
  • Insônia grave e contínua
  • Perguntas sobre medicamentos
  • Sintomas médicos atuais
  • Sintomas de depressão, ansiedade ou psicose (em alguns casos, esses sintomas são causados por uma condição médica)

Buscando ajuda médica:

O depoimento dos colegas ajudará no desenvolvimento de uma boa avaliação médica como referência antes dos eventos traumáticos. O desenvolvimento desses contatos aumentará sua capacidade de fazer referências apropriadas.

Esteja ciente de que a organização de uma pessoa pode preferir utilizar o seu próprio médico/consultor ou enviar a pessoa ao seu país de origem para receber cuidados.

 
Sobre as ferramentas do Crisis Debriefing Training, ministrado pela Barnabas International

Essas ferramentas foram desenvolvidas como parte de um treinamento de 5 dias chamado Crisis Debriefing Training, ministrado pela Barnabas International (www.barnabas.org). Elas são mais utilizadas por aqueles que receberam esta formação, mas podem ser úteis para cuidadores leigos que se deparam com situações de crises. Essas ferramentas podem vir a ser úteis quando você estiver em campo, prestando atendimento à crises.

Antes de enfrentar uma situação de crise, você pode dar uma olhada nesses artigos e pensar em quais deles poderiam ser mais relevantes para o momento. Foi concedida a permissão para uso e cópia desses materiais sem fins lucrativos, sem edições nos artigos e para uso dentro dos limites de sua competência.

Segue abaixo a lista das Ferramentas:

  1. Avaliação de crises – modelo BÁSICO
  2. Perguntas frequentes sobre o debriefing de crises
  3. Visão geral das sete etapas do debriefing crises
  4. Reações comuns ao trauma – ADULTOS
  5. Reações comuns ao trauma – ADOLESCENTES
  6. Reações comuns ao trauma – CRIANÇAS
  7. Gatilhos pós-trauma
  8. Técnicas de Ancoragem
  9. Respiração profunda
  10. Relaxamento muscular progressivo
  11. Controle de raiva
  12. Maneiras de lidar com um trauma
  13. Ajudando crianças em meio a crises
  14. Inventário de estresse de obreiros transculturais
  15. Compreendendo o luto
  16. Diretrizes para o encaminhamento
  17. Documentação de respostas à crises – Ações e Recomendações

Tradução em Português:

Diogo Tenório Militão, casado com Débora. Missionário SEPAL. Psicólogo graduado pela UNIFOR, possui pós-graduação em Aconselhamento Pastoral pela FTSA e é Mestre em Cuidado Transcultural pela All Nations, na Inglaterra. Com 20 anos de experiência em missões transculturais, atualmente trabalha diretamente com o cuidado de missionários, especialmente com ênfase em cuidado clínico.

Lailah Bossan Quaresma, casada com o piloto Rodrigo e mãe de três meninos(um jovem e dois adolescentes). Há 21 anos, trabalha com aviação missionária na Amazônia Brasileira, como parte da Missão do Céu. É Conselheira Bíblica licenciada pela ABCB e pós-graduada em Tradução de Inglês, atuando no cuidado de famílias missionárias.