“Se ouvirmos qualquer outra coisa, mesmo sendo através de um anjo, é maldita.”
“Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus” Atos;2:11
O que fica claro neste texto é que Deus tem uma mensagem e quer que o mundo a conheça. Uma mensagem que traz transformações históricas. Gosto da maneira como a igreja primitiva trabalha a questão de sua mensagem e prática, era carismática à medida que se abria para os carismas, equilibrando o natural e o sobrenatural. O fato de ser carismática não anulava seu papel social, não havia pobres entre eles, todos os bens eram compartilhados. A igreja primitiva vivia a espiritualidade íntima, comunitária, carismática e social, todos estes conteúdos conduziram a igreja a realizar um papel transformador.
É fascinante o fato de sermos parte da história da igreja, um item na história da salvação que Deus esta escrevendo no mundo. Ao mesmo tempo, que todo este sentimento de realização se contrasta com um sentimento de tristeza ao perceber a facilidade que alguns líderes têm de destruir a razão de ser da igreja. Entendo que a igreja deve ser um ambiente terapêutico. E o que nos faz ser este ambiente? O que nos faz diferentes de qualquer outro ajuntamento social? É o fato da graça de Deus atuar em nosso meio perdoando e transformando pecadores. A igreja não pode ser o lugar de intensificar neuroses, doenças.
Conheço um rapaz que, na busca desesperada por uma solução de seus problemas emocionais, entrou em uma igreja. Depois de estar participando de algumas reuniões recebeu alguns sabonetes de várias cores, cada cor trazia consigo um símbolo. Depois dessa primeira proposta, outras cobertas de paganismo foram se estabelecendo, todo este processo enganoso intensificou a doença. A sua salvação aconteceu no dia que o tiraram da “igreja”, e os conselhos do tal líder não foram mais praticados.
Devemos somente pregar o evangelho, e o próprio evangelho se encarrega de restaurar os caídos que se aproximam da igreja. Concordo plenamente com a idéia que o evangelho nos tira do inferno e tira o inferno da gente, mas quando precisamos buscar outros mecanismos para solucionar as crises das pessoas, é porque tem nos faltando o evangelho. A mensagem que Deus tem e que quer que o mundo a conheça é a mensagem do evangelho. Paulo nos fala que se ouvirmos qualquer outra coisa mesmo sendo através de um anjo é maldita.
“Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue que vá além do que temos pregado, seja anátema” Gl: 1:8.
John Stott nos fala que “O evangelho é Cristo crucificado, sua obra consumada na cruz. E pregar o evangelho é apresentar Cristo publicamente como crucificado. O evangelho não é, antes de mais nada, as boas novas de um nenê na manjedoura, de um jovem numa banca de carpinteiro, de um pregador nos campos da Galiléia, ou mesmo de uma sepultura vazia. O evangelho trata de Cristo na cruz. O evangelho só é pregado quando Cristo é “publicamente exposto na sua cruz”.
Termino este artigo, mas, continuarei a pensar e a escrever nos próximos artigos sobre a razão de ser da igreja e ver algumas tendências em nossos dias que tem seduzido a muitos.