Cultura digital não é só tecnologia, é transformação. É a cultura das redes, do compartilhamento, da criação coletiva, da convergência. São novos processos de articulação que impactam o modo de vida da sociedade e, portanto, deveriam impactar todos que desejam influenciá-la.
A Igreja se formou em um modelo analógico, o desafio é conseguir digitalizar o modo de organizá-la; e isto é necessário para que ela esteja preparada para comunicar e influenciar nas próximas gerações.
Alfredo Manevy (secretário executivo do ministério da cultura) afirmou que “Não dá para pensar em certos debates que estão acontecendo na vida contemporânea sem a possibilidade de uma interação que o digital traz”.
Comunicar a Verdade em uma época de interatividade significa que você não será o pregador, será apenas mais um falando no ciberespaço. Para merecer alguma atenção é preciso construir relações criativas entre design, produção de conteúdo e informação. Estética e brevidade são tão importantes quanto conteúdo.
Na interação sempre haverá a crítica, e a internet é muito reativa a críticas. Neste caso deveremos ir contra a cultura, temos que estar preparados para responder com qualidade e amor. Isto é decisivo, porque evangelizar com eficiência no mundo digital é conseguir gerar uma discussão sobre o conteúdo do evangelho que permita o amadurecimento das ideias.
A sociedade está aprendendo a falar, a interagir no mundo digital. A escola não a preparou para um debate público, nem a universidade, e a maioria das grandes instituições ainda não consegue se relacionar com esse cidadão que quer opinar em tudo. É o momento perfeito para que a Igreja encontre seu espaço nesta nova cultura e cumpra sua missão de fazer discípulos em todos os lugares.
Referência bibliográfica: Cultura Digital
Imagem: Free Images