Então o Senhor perguntou a Caim: “Onde está seu irmão Abel?”
Respondeu ele: “Não sei; sou eu o responsável por meu irmão?”
Gênesis 4:9
Talvez sejamos mais responsáveis por nossos irmãos do que imaginamos. É assustadora a atual percepção de isolamento de indivíduos nominados seguidores de Cristo. Isolados no palco dos louvores, isolados na contra mão da vontade de Deus, Isolados no uso do dinheiro, refletindo o Eu e desfigurando o papel do “nós”, fato tão essencial na cerne do Evangelho de Cristo. Assistimos perplexos, torcidas organizadas denominacionais se acotovelando na ânsia de serem dominantes, as maiores, as mais visualizadas e isso utilizando detupardamente o discurso Bíblico, manual da humildade e compêndio da prática do amor ágape.
Números, coisas e patrimônio substituindo relacionamentos, pessoas e vida eterna. Porque nos sentimos ET’s em alguns instantes? Virgindade, fidelidade, generosidade e milhões podem se impactar com imagens de comportamentos mostrando simplesmente honestidade. Isso deveria ser normal e corriqueiro em nosso meio.
Onde esta o Reino de Deus na terra? O que tenho feito para seu crescimento? Quanto tenho contribuído na intenção de desmoroná-lo? Deus usa quem se dispõe e não preferencialmente os melhores e a “elite” do momento. Deus não admite dividir a glória dele. Nunca. Mas aparentemente, há muitos querendo um reflexo de led e algumas legendas piscantes em vídeos. A glória precisa sempre convergir a DEUS. E não precisaremos nem explicar o por que. Nos últimos meses tenho tido o privilegio da oportunidade de ministrar a uma quantidade muito grande de jovens. Isso me inspira, mas também tem me assustado. Vejo tanta sede de coisas essenciais em suas vidas.
Perguntaram a Jesus: “E então, quem é você? É Elias?”
Ele disse: “Não sou”. “É o Profeta?” Ele respondeu: “Não”.
João 1:21
Há um desconhecimento de Jesus entre muitos cristãos. Não entende o papel de Cristo e nem sua função no corpo de Cristo. Há um campo missionário nos templos evangélicos. Pessoas que sabem que suas mãos se ergueram no final do culto, porém não entenderam e não foram ensinadas de toda a complexidade que isso significou e ficam cantando “para a direita e para a esquerda” desnorteadas de entendimento. Os tempos estão insípidos e a igreja cada vez mais “denomicêntrica”. Cadeiras cheias de pessoas incrédulas e envolvidas por frases de efeito e alguns mantras.
Tenho escolhido a igreja que congrego pelo discernimento do que Deus quer fazer através de mim ou por causa de alguns detalhes tecnológicos e estruturais?
Porquanto, todos procuram cuidar apenas de seus próprios interesses, e não se dedicam ao que é de Cristo Jesus. Filipenses 2:21
É a prova do claro desinteresse pelo que é o Reino de Deus.  E temos então o surgimento de um comportamento diabolicamente competitivo. Ouvimos lideranças cheias de cansativas citações filosóficas, sem espiritualidade e sem a unção como óleo fresco vindo do alto. Precisamos de um grande, urgente e poderoso avivamento.  Talvez de uma reciclagem de poder. Menos empregos e mais vocações. Precisamos talvez morrer, na esperança do nascimento de uma nova geração de homens que primem à obediência as Escrituras, mesmo em detrimento de “prejuízos denominacionais”.
Fui crucificado juntamente com Cristo. E, desse modo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E essa nova vida que agora vivo no corpo, vivo-a exclusivamente pela fé no Filho de Deus, que me amou e se sacrificou por mim. Gálatas 2:20
Alguém precisa morrer. Que seja o EU. Que seja hoje. Oremos intensamente amigos e companheiros de ministério, oremos uns pelos outros com afinco.  Que Deus tenha piedade e nos torne ao nós.
Texto de Junior Firmino
Junior Firmino é casado com Gerlane e tem dois filhos Tiago e Israel.
Coordena o projeto SERTÃO PRESENTE que leva encorajamento, treinamento e alimento a lideres menos favorecidos do Nordeste brasileiro.
Quer nos ajudar? [email protected]