Por Edna Ramos
No primeiro dia da Flic (22/09), os participantes tiveram a oportunidade de ouvir as palestras dos missionários Mila Gomides e Paulo Humaitá.
Mila compartilhou alguns importantes dados demográficos que estão intimamente ligados ao futuro da igreja em todo o mundo:
“Recebemos influência do hemisfério norte para os nossos cânticos, livros de teologia e outros, hoje o cenário mudou, estima-se que até 2020, 80% dos cristãos esteja no sul global
Essa nova tendência aponta que “os olhos do mundo” estão querendo aprender com a nossa teologia e missiologia. Precisamos nos unir mais (cristãos sul global), saber mais sobre o mundo hoje, onde a igreja está, aonde tem que ir e o que ainda pode fazer.
Na mesma proporção em que o mundo tende a ficar cada vez mais religioso, crescem também o radicalismo e o fundamentalismo em todas as religiões do mundo, inclusive entre os cristãos. Em alguns contextos, compartilhar as boas novas, pode se tornar cada vez mais difícil.
Existe um chamado à parceria como nunca!
Mais de 700 milhões de pessoas ainda vivem em extrema pobreza.
Como a igreja irá responder sobre pessoas em situação de vulnerabilidade social?” – Mila Gomides.
Ao final da palestra, houve um tempo para refletir em dupla, como um ou mais dados compartilhados impactaram de forma pessoal os ouvintes, levando-os à alguma ação.
Na apresentação seguinte, Paulo Humaitá iniciou sua participação, estabelecendo uma importante relação sobre as maiores necessidades do mundo e a fusão de missões e negócios, como solução para atender demandas sociais, conhecidas mundialmente.
O termo técnico, “business as mission” (BAM) – “negócios em missão” é utilizado para designar esta estratégia do reino de Deus entre os empreendedores junto à povos não-alcançados ou marginalizados, já falamos mais sobre o assunto por aqui.
Segundo a maior pesquisa recente publicada pela ONU: saúde, educação e oportunidade de emprego são as três principais necessidades do mundo e os países da janela 10/40 abrigam os mais pobres entre os pobres e possuem necessidades urgentes de ouvir do evangelho.
Para atuar especificamente nesta área, Paulo Humaitá e Tim Dunn, também missionário Sepal, fazem parte de uma aceleradora, a “Bluefields Development”. Em linhas gerais, o trabalho da aceleradora consiste em selecionar empreendedores que compartilham dessa visão, verificar a necessidade, formar uma equipe para co-empreender com o mesmo, identificar fundos de investimentos que querem investir em empresas com valores cristãos e prover uma rede de mentores de negócios e missões para ajudar a interagir com este público.
A equipe da Bluefields Development esteve em peso na Flic e outros integrantes apresentaram dados relacionados a um dos principais projetos da aceleradora, o aplicativo “Reflex”, um jogo que gamifica a vida devocional de cristãos (reflexo) e incentiva os mesmos a interagirem uns com os outros, além de ser uma ferramenta desenvolvida para alcançar campos missionários de difícil acesso ao Evangelho.
Paulo Humaitá finalizou sua apresentação ressalvando o convite de Deus aos empreendedores para atuar em missões transculturais.
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