E aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos” (Ap 1:18).
Com a aproximação da Páscoa, uma professora enviou seus alunos para examinar a natureza em torno da escola. Ela deu a cada um uma caixinha com a tarefa: Trazer na caixa alguma coisa que fosse símbolo da vida. Quando as crianças voltaram, cada caixa foi aberta, uma de cada vez. A primeira caixa continha uma borboleta, que voou para longe quando o recipiente foi aberto. Algumas com ramos, outras com folhas e algumas com pequenos insetos mortos e bem acomodados entre folhas secas. Mas uma caixa que ela abriu estava vazia.
– “Que bobo!” exclamou um estudante. “Alguém não fez a tarefa!”
Naquele ponto, Filipe, um menino com Síndrome de Down, falou mais alto: “Esta é a minha caixa”.
– “Bem, Filipe”, o mesmo menino continuou, sem receio, “você não entendeu a tarefa!”
– “Não é isso”, respondeu Filipe, confiantemente. “É que a tumba estava vazia!”
Naquele dia, Filipe se tornou membro respeitado do grupo. Ele morreu não muito depois disso, e em seu enterro todos os alunos da classe levaram para o funeral uma caixa vazia, em honra de seu colega falecido.
Eu não conheço a verdade desta estória, mas eu conheço a verdade que essa estória quer contar: “Jesus de Nazaré, que foi profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e todo povo, foi entregue e condenado à morte por crucificação, foi sepultado e uma grande pedra foi colocada na entrada do túmulo. Ao terceiro dia Ele ressuscitou, foi elevado aos céus, está assentado no trono junto ao Pai e voltará triunfante para reinar sobre a terra, pois os reinos deste mundo passaram e vieram a ser de nosso Senhor e de seu Cristo e Ele reinará para sempre”.
Nenhuma figura é mais significativa que o túmulo vazio para trazer o verdadeiro sentido da páscoa. Cristo não ficou na sepultura, a morte foi vencida, Ele ressuscitou e nos deu grande comissão, “Todo poder me foi dado no céu e na terra, portanto ide e fazei discípulos de todas as nações” e pôs o selo de garantia que na sua volta triunfante, “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”.
Páscoa é esperança no futuro, mas páscoa é esperança no presente. Quem se dedica a fazer discípulos, o faz na certeza de que Cristo não apenas reinará, mas reina hoje no coração dos homens, nas famílias, nas igrejas, nas agencias missionárias e em todos os que se rendem ao amor Deus manifestado na pessoa de Jesus.
Que hoje seja um dia de caixas vazias. Cristãos e igrejas saíram em busca de algo para colocar na caixa, pois o “mercado” exige algo material e tangível, mas não existe nada mais poderoso que o túmulo vazio e uma multidão de discípulos “ensinado todas as coisas que vos tenho mandado, pois certamente estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”.
O que muda o mundo não é o que está na caixa, mas o que está fora da caixa.
Jesus ressuscitado não cabe em nenhuma caixa.